O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) recomendou,
na última terça-feira, 21 de junho, que o Instituto do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Inema) realize a interdição das atividades e não
renove a licença de operação da Usina Hidrelétrica da Pedra do Cavalo,
administrada pelo Grupo Votorantim. A diretora do órgão, Márcia Cristina
Telles de Araújo Lima, tem o prazo de dez dias para informar se irá
acatar a recomendação.
O empreendimento está
localizado na área de proteção ambiental da Reserva Extrativista Marinha
Baía do Iguape, localizada nos municípios baianos de Cachoeira e São
Félix, e, segundo o Instituto, encontra-se com a licença de operação
vencida desde fevereiro de 2009. O novo requerimento de licença
operacional feito pelo grupo empresarial está sendo processado pelo
Inema, que solicitou análise do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela administração da
reserva ambiental.
O ICMBio indeferiu o requerimento, baseando-se nos seguintes fatos: inconsistência do plano operativo, inexistência de proposta de monitoramento ambiental, falta de estudos ambientais específicos que analisem os impactos ambientais do empreendimento sobre a Reserva, falta de caracterização técnica do empreendimento e ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima).
O ICMBio indeferiu o requerimento, baseando-se nos seguintes fatos: inconsistência do plano operativo, inexistência de proposta de monitoramento ambiental, falta de estudos ambientais específicos que analisem os impactos ambientais do empreendimento sobre a Reserva, falta de caracterização técnica do empreendimento e ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima).
foi dispensada da apresentação do EIA/Rima. O documento, porém, é considerado obrigatório pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente para licenças de usinas de geração de eletricidade, empreendimentos considerados como de alto potencial degradador do meio ambiente.
O procurador da República Pablo
Barreto, autor do documento, considera ainda que o funcionamento da
usina provoca a morte da fauna do rio Paraguaçu, prejudicando as
milhares de famílias extrativistas da região, que sobrevivem desses
recursos.
Por MPF
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