sábado, 21 de junho de 2025

Negro: por origem africana ou por condição socioeconômica imposta pela lei?

Foto do GoogleMuitas pessoas são consideradas negras no Brasil sem seu conhencimento. A democracia racial do século 21 ganhou um contorno mais grave do que a fase anterior por falsificar a origem familiar de vários povos diferentes como a mestiçagem entre indigenas, ciganos, brancos e asiaticos ser considerada como africana. Além de criar uma onda falsificadora das estatísticas do país. O mais estranho que muitos pesquisadores universitários e a mídia em geral (acusa o IBGE, o qual, nunca usou o termo "negro" como categoria racial) adotam o discurso que a maioria da população brasileira é negra sem nenhum critério científico claro. Ou seja, muitas pessoas são consideradas negras sem possuirem a origem de povos africanos mas apenas pela condição socioeconômica. Esta aberração brasileira foi aprovada pelo Congresso Nacional, ao aprovar o Estatuto Racial, por favorecer os interesses dos fazendeiros no controle das terras do país. Veja o trecho da invenção do negro sem origem africana pelo Congresso Brasileiro: População negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga; ESTATUTO RACIAL, art 1, inciso IV. Em seguida, vários intelectuais de origem africana ou ativistas da causa fizeram várias produções para legitimarem esta aberração racial em nome da reparação dos africanos e do antirracismo da elite branca para limpar sua imagem passada. O antirracismo que ignora a existência dos povos indígenas não é apenas racista, legitima o maior holocausto da humanidade: os massacres dos povos originais do continente América. A própria estudiosa negra, Djamila Ribeiro, criou o conceito "negro de pele clara" para justificar o discurso pomposo da elite branca que "todo pardo é negro". Embora, desde a década de 1970, o IPEA já vinha impondo este discurso de igualar as pessoas não-brancas no Brasil pela condição socioeconômica, varrendo as origens antropológicas. No entanto, como um filho da mestiçagem entre indígena e cigano considerado pardo pelo Estado brasileiro pode ser considerado africano? Taís compreensões revelam as novas faces da colonialidade no continente América, as quais, vem varrendo as origens do continente e impondo o domínio dos povos estrangeiros na região. Para piorar "venderem" o discurso que "todo pardo é negro" ou "negro de pele clara" mas nas bancas de fiscalização das cotas não é válido, colocando muitos em situação de vexame ou linchamento público como fraudadores das cotas. Afinal, existe a fraude das cotas ou da lei? Resta se perguntar por que a elite branca tem dupla nacionalidade enquanto nega para os povos subjulgados desde a escravidão? Enquanto isso, vários povos indígenas e estrangeiros vem sendo apagados pela nova cordialidade racial da elite branca letrada e reforçada pelo lugar de fala científico das universidades brasileiras: negro de pele clara. Diante desta confusão epistemológica (compreensão de ciência) nos resta perguntar sobre o critério científico da afirmação que a maioria da população brasileira é negra. Autoria Arnaldo Soares, E-mail: arnaldossoares@gmail.com
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