segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Concentração de riqueza crescente, esgotamento da natureza, fome, violência forçam o fracasso da sociedade patronal e não a rebelião da consciência de luta de classes sociais

Os cinco homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas desde 2020 – de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões -, a uma taxa de US$ 14 milhões por hora, enquanto quase cinco bilhões de pessoas ficaram mais pobres [...] “Os super-ricos concentram cada vez mais riqueza e poder. Isso agrava as desigualdades globais de maneira absurda”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “No Brasil, a desigualdade de renda e riqueza anda em paralelo com a desigualdade racial e de gênero – nossos super-ricos são quase todos homens e brancos. Para construirmos um país mais justo e menos desigual, precisamos enfrentar esse pacto da branquitude entre os mais ricos.” “O poder corporativo e monopolista desenfreado é uma máquina geradora de desigualdade. Pressiona trabalhadoras e trabalhadores, promove a evasão fiscal, privatiza o Estado e estimula o colapso climático”, diz Katia. “As empresas estão canalizando a maior parte da riqueza gerada no mundo para uma ínfima parcela da população, que já é super-rica. E também estão canalizando o poder, minando nossas democracias e nossos direitos. Nenhuma empresa ou indivíduo deveria ter tanto poder sobre nossas economias e nossas vidas. Ninguém deveria ter um bilhão de dólares!”, afirma Katia.[...] No Brasil, em média, o rendimento das pessoas brancas é mais de 70% superior à renda de pessoas negras [enquanto as indígenas nem são lembradas]. Quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram um aumento de 51% de sua riqueza desde 2020; ao mesmo tempo, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres. A pessoa mais rica do país possui uma fortuna equivalente à metade mais pobre do Brasil (107 milhões de pessoas). O 1% mais rico do Brasil tem 60% dos ativos financeiros do país. O aumento acelerado da riqueza extrema dos últimos três anos solidificou-se, enquanto a pobreza global permanece em níveis pré-pandêmicos. Os bilionários estão US$ 3,3 trilhões mais ricos do que em 2020 e sua riqueza cresceu três vezes mais rápido do que a taxa de inflação no período. Apesar de representarem apenas 21% da população global, os países mais ricos do Norte Global detêm 69% da riqueza global e têm 74% da riqueza dos bilionários do mundo. A propriedade partilhada beneficia principalmente os mais ricos. O 1% mais rico do mundo tem 43% de todos os ativos financeiros globais.[...] As pessoas pelo mundo estão trabalhando mais e mais, muitas vezes por salários baixos e empregos precários e inseguros. Os salários de quase 800 milhões de trabalhadoras e trabalhadores não vêm acompanhando a inflação e perderam US$ 1,5 trilhão nos últimos dois anos (ou 25 dias de salários perdidos por cada trabalhador). Adaptado da Oxfam
Share on :

0 comentários:

 
© Copyright O JACUÍPE 2016 - Some rights reserved | Powered by Admin.
Template Design by S.S. | Published by Borneo and Theme4all