quarta-feira, 25 de maio de 2011

Prefeita diz: “Nenhum Prefeito Desenvolverá o Município de Antonio Cardoso”

A Prefeita Maria Angélica Lopes de Carvalho (popular Gel)- PMDB, em seu discurso na reunião das comemorações de emancipação do município de Antonio Cardoso afirmou que: “Nenhum Prefeito Desenvolverá o Município de Antonio Cardoso”. Com essa declaração a mesma não diverge de seus objetivos e práticas políticas nem contraria a forma de governar de seu partido  pelo Brasil. Apenas foi realista com si próprio. Saídas existem, falta pessoas  com interesse de mudar a vida coletiva, por não garantir votos.

 Que graça teria a vida se o ser humano descobrisse que não seria capaz de modificar a ordem estabelecida? Sua postura em público não vem a ser novidade para quem se elegeu coagindo eleitores com os favores. Mas afinal, o que caracteriza desenvolvimento na sociedade capitalista? Caindo na tentação do equívoco refere-se produção e difusão de conhecimento, dinamização da economia,  geração de emprego e valorização dos recursos humanos local*. Muitos governos conservadores baseiam na pregação de pedras aleatórias que não trazem retornos constantes para o coletivo. Mas marketing eleitoreiros para se manterem dominando o poder em benefício de seus bastardos. Como fica as necessidades de sobrevivências cotidianas do ser humano?  

Diante de tal afirmação qual seria a função de um governante? Ao menos nem tentar se é possível ou não condicionar o mínimo de condições de sobrevivência digna para seus súditos? Se a excelência se acha incapaz de desenvolver o município essa afirmação levanta outros questionamentos que precisam de alguma satisfação. O atual grupo político que governa o município reconhece através de sua chefe ser incapaz de transformar a realidade socioeconômica local, então, por que está assumindo um cargo incompatível com o próprio perfil? Por um ser humano se achar impossibilitado de alguma façanha seria convincente afirmar que nenhum outro não alcançaria? Ela não confundiu vícios políticos com administração pública transparente e coletiva? Se seu grupo político não está correspondendo com o quadro técnico de sua administração, por que encena para lançar substituto? Quando não se corresponde em uma função as melhores das hipóteses do bom senso humano é deixar vago para quem possa assumir.

Entretanto o que veio a público nas palavras da Prefeita não é novidade na política de Antonio Cardoso. Os membros dos partidos predominantes no município sempre disputaram eleições de olho no salário  fácil e no  controle do cofre público para dividir cargos ou empregos entre parentes e amigos. Sem nenhum conhecimento de causa pública local ou Programa de administração pública. Afinal o que os governantes atuais e futuros do município conhecem da cultura, história, economia, política, sociedade local? Não têm demonstrado na prática!

Logo a maior irresponsabilidade não é de quem tem a humildade de assumir o que não conhece, mas  dos eleitores que escolhem incompetentes dissimulados para ocupar a  função pública como existe no Congresso brasileiro, nos estados e municípios. Muitos sempre atuaram no poder em anonimato, outros vem a público por algum desafeto de interesses como Tiririca. 

Mas quem são os ridículos dessa história: a maioria dos políticos que defendem interesses particulares  ou quem votam neles, que não vê antes de elegerem sua mesquinhez? Como eles chegam lá sem votos? Quem elegem os vereadores de Antonio Cardoso? Os favores e as migalhas eleitoreiras? Quem recebem esses favores e migalhas? 

São as melhores propostas para o coletivo que vencem nas eleições. Esses culpados são virtuais e escondem por trás da máscara que nenhum político presta, mesmo sabendo que são seus votos que colocam os governantes no poder. Não tem cara para assumir sua responsabilidade, mas tem voz para acusarem que os políticos não prestam. 

Viva a democracia! Por nos dá a oportunidade de desmascarar os eleitores. Repense os conceitos prefeita que o nosso povo ainda não está morto para desacreditar na vida. Ganha vocês que administram e os moradores não passam vexame com tais pequenezas.   

*Ratificação: onde se lê: "Caindo na tentação do equívoco refere-se produção e difusão de conhecimento, dinamização da economia,  geração de emprego e valorização dos recursos humanos local." Leia-se: "Caindo na tentação do equívoco refere-se produção e difusão de conhecimento, dinamização da economia,  geração de emprego, valorização dos recursos humanos local, conservação da biodiversidade e da multicultura."
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2 comentários:

Romilson Vitório disse...

Este fala dela foi, no mínimo, infeliz. Mostra despreparo e comodismo.

É triste saber que a prefeita já não vê possibilidades para o município, mesmo sabendo quão escroto é o desenvolvimento que o capitalismo permiti.

Uma das grandes saídas para o município é sem dúvida nenhuma a educação. Mas não qualquer educação, é necessário que ela seja critica e socialmente referenciada, como a que buscamos e acreditamos fazer dentro da Universidade.

A precarização da educação básica no município não permite que outros jovens acessem a universidade e descubram as n's posibilidades que existem para mudarmos a realidade concreta(ao contrario do que a prefeita acredita).

Não culpo a população que em sua grande maioria não possui instrução, informação e consciência de classe.Grande parte são analfabetos funcionais. Como culpa-los por votar em troca de favores? Não sei se sabem o que isto representa para sua realidade atual e das próximas gerações.

Não me alongarei.

NEGAÇÂO disse...

Estou no município a 2 anos e vejo que falta atitude. Conheço municípios menores do que o nosso mais desenvolvidos. Falta adotar medidas ou criar políticas publicas que corresponda aos desafios que temos. Pe. Igor

 
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