terça-feira, 2 de julho de 2019

Desfile 2 de julho da Bahia dá continuidade ao projeto colonial de apagamento indígena

Qual a reflexão dos indígenas da Bahia no 2 de julho?

Desfile de caboclo distorce a história de massacres que os povos indígenas continuam vítimas. Ainda a adesão de indígenas nas lutas dos brancos foi forçada e usada para descartar nas guerras assim os brancos se livraram dos nativos e dominaram seus pertences.

Caboclo: a palavra que mantém vivo o racismo, o estupro e a brutalidade. Caboclo é mais uma face do estupro, extermínio e do racismo para negar os indígenas. 

Forçavam os indígenas se assumirem caboclo ou mestiço para apagarem suas origens. Inclusive as leis proibiam os indígenas colocarem seus nomes de origens no registro. A dominação através da brutalidade continua legitimada com evento como 2 de julho para a sociedade não refletir as dores dos seus ancestrais.

Ainda, o uso distorcido do caboclo na religião afro umbanda, como se tratasse da espiritualidade nativa, reforça imagem negativa sobre os indígenas. Indígena não é mercadoria para ser vendido em lojas de ervas da umbanda e candomblé. Se os indígenas vendessem figura de afro o movimento negro atacava.

O desfile 2 dejulho não representa os anseios nativos, pelo contrário, serviu para descartar vidas indígenas e hoje reforça o apagamento das etnias nativas e as brutalidades que sofreram e continuam sofrendo.
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