Desenvolvimento do Município de Antonio Cardoso nas Últimas Décadas é Inferior ao de Alguns Municípios Vizinhos

Jacuípe

Enquanto alguns municípios vizinhos que buscam seu desenvolvimento inclusivo aumentaram sua população, o município de Antonio Cardoso estacionou no tempo. 

A População do Município de Antonio Cardoso (área territorial 294,450 Km²) reduziu na última década (entre 2000 – 2010), segundo constatação do censo do IBGE de 2010. Caindo de 11.620 (2000) para 11.554 (2010), perdendo 66 moradores. Isso é uma das provas que o município não está desenvolvendo. Ressalta-se que a quantidade dos habitantes que vivem diariamente no território é inferior a esse valor. Por o IBGE considerar como moradores pelo censo 2010 aqueles que “ausentes na data de referência, tem o domicílio como residência habitual, desde que essa ausência não seja superior a 12 meses”. Manual do Recenseador, Censo 2010. Nessas condições é provável que no município de Antonio Cardoso não vive diariamente 8 mil (8.000) moradores. Pois, boa parte trabalham em outras cidades e volta para casa nos finais de semanas, quinzenalmente, mensal... 
Observa-se também que muitos membros dos principais grupos políticos locais, as vezes, não foram contados como moradores do município. Por suas residências principais serem em outros municípios e passarem maior parte do tempo por lá. Mas usam do município para se sustentarem. Outros políticos locais são contados como moradores mas não moram diariamente.
 
O que está acontecendo com o município de Antonio Cardoso? A falta de interesse político dos governantes e a mesquinhez dos moradores ao acreditarem em soluções fáceis que emperra.
O aumento permanente da população é interdependente ao desenvolvimento econômico e a geração de emprego. 
Como a economia municipal está estacionada (estagnada) no tempo, há décadas, acaba provocando o desgaste dos indicadores sociais. Devido o motivo do aumento no custo de sobrevivência que não é acompanhado, na mesma proporção, pela melhoria da renda. Expulsando os moradores para outras cidades que geram empregos. 
O que fazer para acabar com a dependência da economia local com os municípios vizinhos e alavancar seu desenvolvimento? Alguns fatores presentes na economia e na política local pioram a situação, por incentivar a fuga de renda como: a Prefeitura local faz as compras públicas em outros municípios - pagando impostos e gerando empregos para fora -, muitos funcionários e políticos municipais não compram e nem pagam impostos para a economia municipal. 

Nas últimas décadas, o desenvolvimento de alguns municípios vizinhos vem sendo contrário ao de Antonio Cardoso. Como são os casos de:

Anguera município com área territorial de 177 Km² e menor em população que o nosso aumentou de 8.834 em 2000 para 10.242 habitantes em 2010.  

Cabaceiras do Paraguaçu, sua área territorial de 226 km² também aumentou sua população de 15.547 habitantes em 2000 para 17.327 moradores em 2010.  

Conceição da Feira aumentou a população de 17.514 em 2000 para 20.391 habitantes em 2010, com uma área territorial de 163 km². Evolui seus indicadores econômicos e sociais com avicultura, embora, ainda não despertaram para suas consequências ecológicas. 
O que nos impede praticar essas atividades econômicas de forma planejada? E a peixicultura (criação de peixes em cativeiro), a fruticultura e o incentivo do comércio no distrito de Jacuipe (Santo Estevão Velho).

O que leva o município de Antonio Cardoso reduzir a quantidade de moradores? Falta de condições de sobrevivência. Mas não dizem: “o município está desenvolvendo”! O quê? O avanço das drogas que ocupam o lugar da alimentação e da cultura, o analfabetismo funcional e digital, uma juventude sem objetivo, corrupção das instituições municipais...! 

Mais uma década perdida para o município de Antonio Cardoso. Os governantes locais precisam responder para os moradores aonde o município chegará? Cadê as políticas públicas de  desenvolvimento econômico e social dos principais grupos políticos (um liderado pelo prefeito Baixa Fria e seus ex-aliados e o outro pela ex-prefeita Gel e seus aliados)  que sempre governaram o município? Afinal eles governam para os moradores ou para suas “panelinhas”, das quais muitos nem moram no município, só conhecem no final do mês? 

Desde sua origem, a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores se transformaram em agências de empregos para os governantes municipais, familiares e amigos que não pagam impostos municipais. Alguns políticos de Antonio Cardoso empregam indicados pelos políticos das cidades vizinhas para quando perderem o poder local serem empregados nos municípios vizinhos.
A melhoria de alguns indicadores sociais do município de Antonio Cardoso foram decorrentes dos paliativos emergenciais do Governo Federal. O poder municipal só beneficiou, até hoje, as “panelinhas” e seus respectivos protegidos. 

 Essa situação torna gravíssima no município, por a economia local ser atrofiada e não gerar nenhuma oportunidade de emprego e renda. Geralmente os familiares em idade de trabalharem são sustentados pelos pais, que recebem a aposentadoria do INSS ou Bolsa Família. Ademais, a maioria da população que não é protegida pelas "panelinhas", e que não pesca, sobrevive na amargura do  desemprego. Para piorar, boa parte da população não tem um palmo de chão para plantar uma semente.

 http://www.ojacuipe.com.br/2011/07/os-numeros-e-os-fatos-que-desmentem-os.html