Falar da vida dos outros - em
cidades pequenas, no local de trabalho, em grupos de amigos, nas redes sociais,
em faculdades, universidades, etc - é tão comum que muitos acham normal. Mas as leis brasileiras são claras
tanto nos casos de calunias, difamações quanto referente a injúria (insultos).
Por calunia compreende atribuir a autoria de um fato a alguém sem que a pessoa seja responsável por ele. A Difamação trata de atribuir um fato ofensivo à reputação de alguém. A injúria refere a atribuição de palavras sem fundamentos e vagas ou inventar boatos negativos à alguém.
Por calunia compreende atribuir a autoria de um fato a alguém sem que a pessoa seja responsável por ele. A Difamação trata de atribuir um fato ofensivo à reputação de alguém. A injúria refere a atribuição de palavras sem fundamentos e vagas ou inventar boatos negativos à alguém.
O artigo 5 da Constituição brasileira, inciso X estabelece que:
“são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.”
As pessoas que desrespeitam essa orientação
podem ser processadas por danos morais.
Compreende por danos morais o ato que abala a honra, a boa-fé subjetiva ou a dignidade das pessoas físicas ou jurídicas. A vítima precisa apenas de uma prova concreta e prestar queixa na
delegacia.
Muitos se escondem por trás da Bíblia, de
igrejas e do nome de Deus para destruírem a vida e as famílias dos outros com a
língua. É preciso separar os religiosos sérios daqueles fingidos. Outros religiosos se escondem por trás de caminhadas da paz enquanto possuem a ponta da língua violenta. A violência não é só a agressão física, como muitos acreditam, as
ofensas verbais e psicológicas da ponta da língua também são violências.
Por outro lado, não faz sentido se intrometer
na vida pessoal de ninguém. Pois não é o
vizinho, o “amigo”, alguns pastores e padres, etc que pagam as contas do outro.
Se cada um paga suas contas, a vida de cada um não interessa a ninguém.
Ao invés de falarem mal dos outros procurem corrigir
seu mal costume e corrijam o outro quando estiver enganado, sem ofende-lo e
humilhá-lo. Isso significa civilidade enquanto maltratar expressa selvageria e
se considerar superior. Todos estão em
um processo constante de aprendizagem e aperfeiçoamento.
Quando se trata de cultura não existe o
superior e o inferior mas perspectivas diferentes. O escritor Machado de Assis nos aponta
em seu conto “O alienista” que, as vezes, os erros que apontamos ou encontramos
nos outros podem situar em nós mesmo. Embora só enxergamos nos outros.
O melhor mesmo é cada um cuidar da sua vida e
deixar os outros viverem como querem. Ainda cada um responde pelos seus atos e a
vida alheia não interessa a ninguém. Afinal é função da polícia investigar os
atos e as vidas alheias e não dos vizinhos, dos “amigos” e de alguns pastores e
padres.
Não cabe aos bisbilhoteiros que vigiam as
vidas alheias, sejam eles os vizinhos, os “amigos”, alguns pastores
e padres, dizerem o que é correto ou incorreto, bom ou ruim para os outros.
Cada um deve viver e organizar sua vida conforme sua realidade e não baseada na
realidade dos outros. Pois cada qual deve viver para satisfazer a si mesmo e suas
perspectivas e não sacrificar seus gostos para satisfazer a vontade alheia.
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