domingo, 4 de julho de 2010

ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO DE ANTONIO CARDOSO

 Editando

A produção econômica de qualquer sociedade é estabelecida pela
Política e garante a sobrevivência dos indivíduos definindo o estilo
de vida que se organiza no núcleo familiar e no grupo social.
A atividade econômica predominante na economia do município
concentra-se no setor Primário (agropecuária) por a maioria da
população morar na zona rural , favorecendo ao modelo político de
coronéis(chefes locais). Destacando a pratica da agricultura familiar
nos minifúndios e através do sistema de meeiros e rendeiros,
cultivando plantas com valores econômicos como: fumo, milho e feijão e
a criação de animais de pequeno porte. Embora nas ùltimas décadas a
produção colhida não tem suprido o sustento do grupo parental em
conseqüência da variação climática e a falta de apoio da Secretaria Municipal
de Agricultura.Causando a desagregação das comunidades por forçar a migração
dos moradores embusca de melhores condições de sobrevivências e afrouxando
o poder político dos coronéis, por perderem de forma lenta o controle sobre os
eleitores. Com o enfraquecimento dos chefes políticos rurais ganha
força a política urbana de profunda divergências ideológicas entre os
interesses dos Patrões (exploradores) contra os interesses dos
Empregados (explorados). Onde o dinheiro e a propaganda alienadora
passam a influenciar nos resultados das eleições, ocupando o lugar dos
favores e a intimidação dos coronéis. Geralmente acaba sendo favorável
aos interesses dos Patrões (elite).
A pratica da criação de gado é bastante antiga na região por ser junto
com o cultivo do fumo (tabaco) a base da economia local na época
colonial para exportar a Europa e África trocando por escravos. Essas
atividades serviam para ocupar as terras invadidas. Onde predominava a
força de trabalho escrava. Aos poucos a base econômica do município
baseada na monocultura do fumo e na criação de gado nos latifúndios
herdado do período escravista vem se modificando para a diversidade de
ocupações profissionais no mercado de trabalho. A pluralidade nas
atividades econômicas modifica profundamente a forma de pensar dos
habitantes saindo das tradições religiosas presas a vida campestre
para a valorização dos conhecimentos científicos e filosóficos. A
qualificação profissional tornou exigência de primeira ordem.
O setor Secundário (Indústria) e Terciário (Serviços) vem ganhando
importância na complementação da produção econômica local. Junto
desponta novo fenômeno social: a urbanização. O processo de expansão
econômica favorece a transição das atividades rurais para os centros
urbanos refletindo na vida dos moradores. O PIB (Produto Interno
Bruto) municipal constitui-se dos benefícios do governo Federal como:
aposentadorias, Programas Sociais, Demais benefícios sociais junto a
renda da minoria dos empregados municipais que moram no município,
somado a produção das atividades agropecuárias e serviços. Ainda é
irrelevante a produção industrial. Em 2005, a riqueza do município de
Antonio Cardoso distribuiu em: 12,10 % Agropecuária, 10,86 % Indústria
e 77,04% Serviços. O comércio e serviços possuem vasto campo para expandir na margem da
BR116 próximo ao Santo Estevão  do Paraguaçu(Velho).

Enquanto o Valor Adicionado, PIB e PIB Per Capita Municipal a Preços
Correntes, Bahia - 2005 corresponderam (R$ milhões):

Antônio Cardoso
Valor adicionado (R$ milhões): Agropecuária  Indústria    Serviços (1)
                                                   3,17              2,84             20,18 
Valor adicionado APU   Imp. sobre produtos       PIB    Per Capita(R$1,00)
 11,64                              1,86                           28,06         2.377,16
Fonte: SEI / IBGE (1) inclui APU (Administração Pública)

PIB Municipal em relação a região econômica do estado da Bahia que o
município pertence: Produto Interno Bruto a Preços Correntes Por Regiões Econômicas e
Municípios,Bahia - 2002 - 2005
Regiões Econômicas e Municípios: Paraguaçu
Produto Interno Bruto (R$ milhões)
                             2002         2003        2004      2005 (1)
Antônio Cardoso   17,93       28,15        22,75      28,06
Fonte: SEI / IBGE (1): Dados sujeitos a retificação

PIB Municipal em relação ao Território estadual de Identidade
Produto Interno Bruto a Preços Correntes por Territórios de Identidade
e Municípios, Bahia - 2002 - 2005
Território de Identidade Portal do Sertão e Município
                  PIB (R$ milhões)
                               2002   2003    2004   2005 (1)
Antônio Cardoso    17,93  28,15    22,75   28,06

Fonte: SEI / IBGE (1): Dados sujeitos a retificação

Os valores sociais antigos demonstram esgotamento. O estilo de vida
dominado pelos laços de sentimentos comunitários ou coletivos do campo
está sendo substituído pelo convívio social individualista da vida
urbana. As preferências de cada um são mais valorizadas que as
tradições coletivas. Tudo vira mistério social. Novos costumes e
hábitos que a tradição antes penalizava de pecado acaba sendo
considerado normal como: agitação, solidão, competição, valorização do
conhecimento. Aos poucos o esporte, a literatura, o telecinema e a
música ocupam o lugar da religião na vida dos indivíduos. Todos passam
a viver em volta do dinheiro e do lucro. A falsa aparência de união
dos moradores urbanos volta e meia se limita aos conflitos de
interesses individuais ou de grupos financeiros que luta pelo lucro.
A fragilidade do mercado interno ocorre pelo baixo poder de compra dos
moradores e por competir diretamente com as cidades vizinhas. A
própria organização politico-administrativo da população e do
território tem enterrado o desenvolvimento econômico do mercado
interno no município por dispersar a população dificultando as trocas
comerciais. Por falta de renda e circulação de dinheiro no mercado
local os investimentos ficam vulneráveis a falência em poucos dias de
funcionamento, retardando o crescimento econômico. Assim não aumenta o
consumo desaquecendo as vendas. O que tem de força atrativa na Sede
para conquistar postos de geração de empregos que venham garantir a
alimentação e as necessidades humanas dos moradores do município?
Praticamente a força de trabalho ocupada no município ocorre nas
cidades vizinhas. Alguns nos cargos inferiores da administração
municipal. A agricultura familiar absorve a mão de obra em períodos de
colheitas oferecendo precárias condições de sustento. As migrações
destinam uma parcela significativa dos habitantes. Os setores
econômicos que fazem parte da economia local são: agricultura,
extrativismo, pecuária, criação de aves, artesanato, comércio, feiras
livres, indústria e serviços.

1. AGRICULTURA
Os principais produtos agrícolas cultivados no município são: milho,
feijão, fumo, abacaxi, tomate, quiabo, alface, mamão, pimentão, feijão
de corda, maxixe, mandioca, batata doce. Vale ressaltar que nas
ultimas décadas o cultivo da mandioca tem reduzido devido as modificações
climáticas e a falta de apoio da Secretaria Municipal de Agricultura que
têm prejudicado a produção. Embora seus derivados ganham
valor econômico na culinária. Segundo o censo do IBGE em 2007, a safra
de milho colhida foi de 864 toneladas e 145 toneladas de feijão.
As margens dos rios Jacuipe, Curumatai e Paraguaçu vão sendo utilizada
para o cultivo de hortaliças. Mas ainda não foi explorado seu
potencial máximo. Apenas em pequena e média escala. Às vezes só para o
consumo próprio.
A falta de assistência aos pequenos agricultores tem sido o principal
obstáculo. Por não terem terra para cultivar eles fazem suas
plantações em terrenos de fazendeiros beneficiando o pasto plantando
capim, rancando troncos de àrvores, fazendo cercas tudo gratuito em
troca de poderem plantar na terra. Em algumas situações ainda pagam
pelo uso da terra com uma parte da produção ou em dinheiro depois que
vendem a colheita. Uns utilizam as terras da margem da BR116. O
lavrador prepara o solo para o plantio com técnicas agrícolas
tradicionais queimada eliminando os microorganismos, uso da enxada
para remover a terra, inseticidas tóxicas interferindo diretamente na
baixa produtividade e qualidade. A utilização do trator vem ocupando o
espaço dos diaristas e dos dijitorios.
A produção do fumo principal produto de trocas comerciais da economia
local acumula crises piorando a renda. Sua produção é vendida para os
armazéns de Muritiba e Cruz das Almas que em seguida exporta para
Estados Unidos e paises da Europa: Espanha, Alemanha, Holanda, Suíça.
Muitos dos paises do planeta estão proibindo o consumo do tabaco em
decorrência dos altos índices de problemas na saúde pública. Essa
lavoura vem diminuindo sua produção em decorrência da desvalorização
no mercado mundial e das crises climáticas na região. Seu cultivo está
sendo substituído pelo governo Federal por lavouras alternativas como:
o girassol, a mamona, o dendê, o sisal. O beneficiamento industrial
dessa matéria prima ganha impulso no mercado para produzir combustível
e outros artigos.
Outro problema enfrentado é a dificuldade de escoar a produção na
cadeia produtiva depois de colhida, onde acaba entregando aos
atravessadores que compram na porta por preços baixos perdendo a
metade. Sobra quase nada para o sustento familiar. As condições de
sobrevivências no campo são das piores não consegue alimentar correto
por falta de renda ficando exposto a atrair doenças com facilidade,
habita em residências de taipa sem conforto e higiene favorecendo aos
insetos, consome água sem tratar tornando vitima de parasitas como as
verminoses. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais - STR que deveria
organizar os agricultores para reivindicar melhores situações de
plantio e sobrevivência do Governo Municipal desde que criaram está
dominado por políticos para financiar campanhas eleitoreiras sem
retorno para a classe. Substituindo a função de lutar por direitos
para prestar favores, dando esmolas a quem entende controlando, não
deixando rebelarem contra a situação de exploração e miséria que
sobrevive causada pelo latifúndio e o Poder Municipal.

2. EXTRATIVISMO
A exploração dos recursos oferecido pela natureza também ajuda no
sustento familiar. Seja animal, vegetal ou mineral. Apenas a pesca que
é para a comercialização. Os pescadores utilizam instrumentos simples
em sua atividade como: canoa, colfo ou jequí, tarrafa, rede, arpão.
Começou a ser explorado a criação de peixe em cativeiros na margem dos
rios que banha a região, mas a administração precária do investimento
e falta de apoio do poder municipal levou a falência. Os demais são em
pequena escala. A ação do homem descontroladamente está devastando a
natureza.
I - Animal: destaca na caça de rolinha, tatu, veado, camaleão, preá,
coelho, codorna, nambu, capivara, teiú. Existe também a extração do
mel com uma produção de 887 Kg no ano de 2006, dados do IBGE. Quanto a
pesca ocorre nos rios: Curumatai, Paraguaçu e Jacuipe. São pescados:
tucunaré, tilapia, pariri, traira, piranha e camarão de água doce em
grande escala comercializado no centro de abastecimento de Feira de
Santana.
II - Vegetal: extrai lenha, estaca, jenipapo, umbu, pindoba, bambu.
III ? Mineral: são utilizados a pedra para construção civil, cascalho
para entulho, areia para construção, barro de cerâmica artesanal no
Oleiro produzindo diversas peças.

3 . PECUÁRIA
No ano de 2006, os principais rebanhos do município em cabeças eram:
bovino com 11.726, suíno 6.357, eqüino 2.991, ovino 11.569, caprino
4.003, asininos 465, muares 473. A carne bovina vendida nos açougue
clandestino serve para o consumo. A criação dos animais de pequeno
porte exerce grande importância na renda das famílias dos
agricultores. O jegue no passado representou importante meio de
transportar as cargas, mas recentemente tem perdido espaço para os
automóveis que aumenta gradativamente sua frota.

4. CRIAÇÃO DE AVES
Os rebanhos são: Galinha de granja, galinha de quintal, pato, saqué,
peru, ema, pavão. Contribuem na renda familiar para vender, consumir a
carne e produzir ovos. Dados do IBGE relata que no ano de 2006, o
rebanho de galos, frangas, frangos e pintos era 62.780 cabeças e a
produção de ovos foi de 475 mil dúzias.

5. ARTESANATO
No Oleiro desenvolve o artesanato de barro. Existem também artes
feitas de palhas, em tecidos, galhos de árvores, buchas vegetal,
garrafas plásticas, vidros, papel, bambu, pinturas em tecidos, ponto
cruz. Comercialmente ainda não recebeu incentivos do poder local, por
isso, tem valor simbólico no município. Os artesãos produzem em suas
próprias casas por não existir uma organização da classe.

6. COMÉRCIO
A atividade comercial está concentrada principalmente entre os
distritos e nas comunidades. Na atualidade o distrito de Santo Estevão
do Paraguaçu(Velho ) desponta nesse ramo. Por localizar em região privilegiada
geograficamente e em transporte para o livre acesso das pessoas do
município e da região, favorecendo as trocas comerciais e de
informações. Região perfeita para localizar o CENTRO DE ABASTECIMENTO
DO MUNICÍPIO que até hoje as autoridades locais não perceberam sua
importância para o desenvolvimento da economia local. Lamentável! Como
querem desenvolver o município sem um CENTRO DE ABASTECIMENTO?
Não tem nenhum estabelecimento atacadista. Segundo levantamento da Coelba,
registrado na SEI (Superintendências de Estudos Econômicos e Sociais da
Bahia), no ano de 2005, existiam 59 estabelecimentoscomerciais vinculados
as área de bebidas, alimentos, doce. Mas sabe-seque esses dados são vagos.
No gênero de confecções, medicamentos, peças de veículos automotores,
material de construção, panificação, lanchonete, supermercado entre outros
apresenta insignificante. Também é importante frisar que os estabelecimentos
comerciais não atendem a demanda com a oferta da diversidade de artigos,
além, das instalações serem precárias. Mas em conseqüência da própria
fragilidade do mercado local em baixa procura.

7. FEIRAS LIVRES
No ano de 2002, foi reinaugurada a pequena Feira Livre da Sede
funcionando nos dias de sexta feira, ocupando a rua principal do lado
da matriz. Inicialmente oferecia alguns tipos de produtos aos poucos
tem reduzido, mantendo apenas frutas e verduras. A partir do ano de
2008, começou a funcionar a Feira Livre do distrito de Santo Estevão
do Paraguaçu(Velho) aos dias de domingo. Vale registrar que a maioria
dos produtos comercializados nas feiras é proveniente das cidades vizinhas,
além, dos feirantes não serem do município. Só os moradores de cada
comunidade e vizinhança que compra, por isso, são fracas. Geralmente a
produção municipal é comercializada nos Centros de Abastecimentos de
Santo Estevão(ADRO) e Feira de Santana. Duas feiras livres num município
sem renda e com população pequena como o nosso acabarão enfraquecidas
não prosperando nenhuma. A saída seria mudar a Sede de lugar unificando a
feira livre em uma só para o município todo.

8. INDÚSTRIA
A transformação da matéria prima local permanece sendo feita através
de métodos artesanais. Por isso, a utilização de máquinas não ocupou
uma posição de destaque na produtividade para absorver a força de
trabalho desocupada. Existem algumas padarias com instalações
atrasadas, moinho de osso que exporta a produção, agroindústria
artesanal como: polpa de frutas, mel, transformação da mandioca em
seus derivados.

9. SERVIÇOS
Não possui serviços de hospedagem e pousadas. O município possui 1
agência de Banco Postal do Bradesco, 1 caixa eletrônico, 3 postos de
gasolinas, 1 Posto Fiscal(João Durval na BR116), 1 agência da Empresa
de Correios e Telégrafos de propriedade do governo Federal, 1 posto da
Embasa. No transporte dispõe de motoboys, alternativo ARJ e SLIPP,
Posto da Coelba. Tem inspiração para o ecoturismo nas margens dos rios no
verão. No setor de comunicação as emissoras de radio Feira de Santana
e Santo Estevão emitem suas mensagens para a população na televisão
existem os sinais da TV Subaé filial da Rede Bahia e Globo,
Bandeirantes, TVE filial TV Cultural agregada a TV Brasil, Aratu
filial do SBT, TV Itapoan filial da Record. As Lan Houses vem
expandindo penetrando a informática no município. Na telefonia
receber o sinal da Claro Telefonia e OI. Nenhuma empresa de transporte
interurbano e intermunicipal presta serviço. Existem também pequenas
borracharias.
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